o blogue de bardo

A Famosa Nikki

Nikki

Meu bandolim se chama Nikki e foi trazido de Salvador há quase três anos. É um bandolim-menina e é minha companheira de muitas viagens. Já foi comigo pra Maceió, Palmeira, Salvador (de volta), João Pessoa, Porto Alegre...

Fabricada pela Shelter, em estilo de bandolim country, é semi-acústica e tem a mania de quebrar cordas em mi (já me mordeu uma vez num caso lendário. Pedro, Quebrangulo e Aline estavam presentes e podem testemunhar).

Tem já um bocado de fans ela! Também fazem parte da família hoje: a Nicole (violão), a Nina (rabeca), a Brigit (contra-baixo) e as gaitas diatônicas Mel (de Melpômene, em Dó), Mila (em Dó), Urânia (em Sol) e Terpsícore (em Mi). E a mais nova, a Celina, uma viola de 12 cordas. (a Nikki já teve crise de ciúmes da Celina e da Nicole mas hoje está tudo bem :-P)

Este post foi publicado antes no meu blog, no site da Infinnita, minha banda de Folk Rock. Atualizado para a realidade da nova data de publicação.


Minha sanfona verde

Sanfona HeringQuando era criança eu tinha um acordeão, acho que por volta dos dez anos. Era um acordeão pra criança. Um verde. Já tive flauta doce, violão de mentira, mas esse acordeão acho que foi o primeiro instrumento musical "sério" que tive. Era infantil, mas era de verdade. Hoje encontrei a relíquia lá na casa dos meus pais. Algumas teclas estão emperrando, mas se tiver concerto seria muito bom, eu guardo pra quando tiver filhos. :-) Minha mãe disse que foi presente da minha avó materna na época. Ou seja, se acharem ruim eu gostar de instrumentos musicais, a culpa talvez seja dela. :-P

Com esse acordeão infantil verde, eu ia pra área pra acordar minha vizinha de frente. Coisa de criança. Acho que desde criança eu era besta romântico. Não, não fomos namorados, nem no conceito infantil. :-P

Espero encontrar ainda alguma foto minha com a sanfoninha naqueles tempos... Como meus pais tiravam muitas fotos minhas, esperança não falta. A foto minúscula achei no mercado livre e o modelo era exatamente este, só que verde.

Não lembro de ter dado um nome à pobre da sanfona...


Palhaços no Senado

Político típico

Mais um pouco sobre a grande palhaçada que acontece na política brasileira. Enquanto eles permitem anonimato de doações em campanhas políticas (imagine o perigo que isso traz! afinal quem "doa" vai querer contra-partida depois, e quem "pagará" não será o político, mas o Estado, ou seja, nós!); eles acabam de votar pelo fim do anonimato na internet. Tem sentido? Isso bem que merece um cordel... Enquanto isso, vejam:

quem defende essa palhaçada de doações anônimas em campanha:

Adelmir Santana (DEM-DF)    - adelmir.santana@senador.gov.br
Alvaro Dias(PSDB-PR)- alvarodias@senador.gov.br
Arthur Virgílio (PSDB-AM) - arthur.virgilio@senador.gov.br
César Borges (PR-BA) - cesarborges@senador.gov.br
Cícero Lucena (PSDB-PB) - cicero.lucena@senador.gov.br
Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - eduardoazeredo@senador.gov.br
Efraim Morais (DEM-PB) - efraim.morais@senador.gov.br
Epitácio Cafeteira (PTB-MA) - ecafeteira@senador.gov.br
Expedito Júnior (PR-RO) - expedito.junior@senador.gov.br
Fernando Collor (PTB-AL) - fernando.collor@senador.gov.br
Flexa Ribeiro (PSDB-PA) - flexaribeiro@senador.gov.br
Francisco Dornelles (PP-RJ) - francisco.dornelles@senador.gov.br
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) - garibaldi.alves@senador.gov.br
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) - geraldo.mesquita@senador.gov.br
Gerson Camata (PMDB-ES) - gecamata@senador.gov.br
Gilberto Goellner (DEM-MT) - gilberto.goellner@senador.gov.br
Gilvam Borges (PMDB-AP) - gilvamborges@senador.gov.br
Heráclito Fortes (DEM-PI) - heraclito.fortes@senador.gov.br
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) - jarbas.vasconcelos@senador.gov.br
João Tenório (PSDB-AL) - jtenorio@senador.gov.br
João Vicente Claudino (PTB-PI) - j.v.claudino@senador.gov.br
José Agripino (DEM-RN) - jose.agripino@senador.gov.br
Kátia Abreu (DEM-TO) - katia.abreu@senadora.gov.br
Lobão Filho (PMDB-MA) - lobaofilho@senador.gov.br
Lúcia Vânia (PSDB-GO) - lucia.vania@senadora.gov.br
Mão Santa (PMDB-PI) - maosanta@senador.gov.br
Marco Maciel (DEM-PE) - marco.maciel@senador.gov.br
Marconi Perillo (PSDB-GO) - marconi.perillo@senador.gov.br
Marisa Serrano (PSDB-MS) - marisa.serrano@senadora.gov.br
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) - mozarildo@senador.gov.br
Papaléo Paes (PSDB-AP) - gab.papaleopaes@senado.gov.br
Raimundo Colombo (DEM-SC) - raimundocolombo@senador.gov.br
Renan Calheiros (PMDB-AL) - renan.calheiros@senador.gov.br
Roberto Cavalcanti (PRB-PB) - robertocavalcanti@senador.gov.br
Romeu Tuma (PTB-SP) - romeu.tuma@senador.gov.br
Rosalba Ciarlini (DEM-RN) - rosalba.ciarlini@senadora.gov.br
Sérgio Guerra (PSDB-PE) - sergio.guerra@senador.gov.br
Tasso Jereissati (PSDB-CE) - tasso.jereissati@senador.gov.br
Valdir Raupp (PMDB-RO) - valdir.raupp@senador.gov.br

Agora, a excelente carta aberta ao senador Mercadante, escrita por Raphael Tsavkko:


Prezado senador Mercadante,

Escrevo estas linhas para parabenizá-lo e agradecê-lo por ter, em caráter irrevogável - e pela segunda vez seguida - voltado atrás em uma de suas decisões, enfim, em ter mentido para seus eleitores e demais brasileiros de bem.

Tudo bem, compreendo - ou tento compreender - a primeira traição, afinal, ao abdicar - em caráter irrevogável - da liderança do partido, "Vossa Eçelência" talvez perdesse a chance de passar a mão em excelentes oportunidades de neg..., quer dizer, em excelentes emendas parlamentares e talvez ficasse um pouco afastado, alienado até, da "boquinha" parlamentar. Eu jamais poderia exigir tal coisa! Sei que "ética" não é algo bem visto entre seus colegas de parlamento.

É compreensível, talvez até aceitável, afinal todos sabemos como funcionam as coisas aí no Senado. Ser honesto, para seus pares, é mal visto e não poderíamos pedir para "Vossa Eçelência" que fosse intencionalmente mal visto. Dizem que mal olhado é realmente ruim! Aliás, veja o que aconteceu com Celso Daniel por tentar ser honesto ou, ao menos, denunciar algumas falcatruas inocentes, não funciona, não é mesmo?

Pois bem, tentamos aceitar a primeira traição, mas esta? A censura à internet é inaceitável. "Vossa Eçelência" nos impediu de saber quem são os Senadores que votam pela nossa censura, senador Mercadante!

"Vossa Eçelência" nos impediu de conhecer, através do voto nominal, quem tem a cara de pau de censurar a voz do povo, a internet. Os saudosistas da ditadura, os que se perpetuam indefinidamente no poder, os que ganham pelo voto de cabresto e pela ignorância do povo, submetidos eternamente à esta situação por suas "representações"!

Desculpe, Senador, mas esta traição não pode ser perdoada. Acreditamos em "Vossa Eçelência" quando dizia que iria levar nossa voz, a de centenas, milhares de ciberativistas, até o Senado e iria barrar o projeto do AI5 Digital do Senador Azeredo.

Não esperávamos mais esta traição, o ato de compactuar com a falácia do direito de resposta no ambiente virtual! Senador, me explique, como acreditas ser possível o direito de resposta no twitter? Serei eu obrigado a escrever algo que um Senado ou Deputado queira por eu tê-lo supostamente ofendido? E onde fica minha liberdade de expressão, meu direito de não escrever o que não acredito?

Senador, realmente acreditas que os dinossauros do Senado sabem o que é o Facebook, o Twitter, quiçá o Orkut? Estas figuras nefastas ainda pedem às suas secretárias para imprimir os e-mails que lhes chegam diariamente! E "Vossa Eçelência" foi tão facilmente enganado!

Pense apenas por um minuto, como o TSE irá julgar os milhões de pedidos de resposta que sem dúvida surgirão? Como verificar o twitter, os milhões de blogs? Quem vai realizar todo este trabalho?

Não me diga que já está programada a contratação por debaixo dos panos de milhares de trabalhadores - filhos, sobrinhos, netos, namorados das primas de oitavo grau dos senadores - para especificamente censurarem a internet? Teremos milhares de funcionários temporários recebendo megasalários verificando 24 horas o conteúdo de todo e cada blog, perfil de mídia social e twitter dos brasileiros atrás de possíveis direitos de resposta?

Mas não só isso, Senador, você aprovou o fim do anonimato! Veja bem, "Tsavkko" é apenas um apelido, por mais que eu assine também com meu nome verdadeiro serei privado do meu direito a usar um nome qualquer? De assinar só com uma alcunha? E quem simplesmente posta anonimamente para não sofrer pressões familiares ou no ambiente de trabalho? Será proibido de se expressar, deixou de ser sujeito, cidadão?

Compreenda, Senador, eu não apóio o anonimato para livrar a cara de criminosos ou de "trolls", mas tampouco posso compactuar com a proibição completa desta opção que tem sua validade, seu sentido. Aliás, existe uma coisa muito simples chamada IP, é fácil descobrir quem está por trás de qualquer postagem sem que esta precise assinar como tal. Mas seria pedir demais aos Dinos do Senado para sequer tentar compreender como a internet funciona.

O engraçado nessa história é que o Senado não hesitou em aprovar o anonimato para doações de campanha! Um Senador pode receber dinheiro sujo, dinheiro de origem duvidosa e não terá de prestar contas em momento algum! Mas quanto ao nosso direito de nos expressar sem nos identificar... Censura! O que é mais perigoso, um blog anônimo falando da chuva que cai lá fora ou um Senador recebendo milhões de dinheiro de corrupção? O Senado deu seu veredito!

Fernando Rodrigues nos chama à atenção para um fato interessante:

"Não deram a devida atenção a um outro contrabando no texto feito por Azeredo. Ele e Marco Maciel (DEM-PE) só concordaram em desidratar o 57-D porque tinha incluídoo todas as restrições para vídeo e áudio em debates na web (que estavam no artigo 57-D) em outro trecho da lei. Dessa forma, a principal, repito, principal restrição normativa à web foi totalmente mantida para o período eleitoral do ano que vem. Não há como conceber a cobertura da eleição pela internet sem usar imagem e áudio de debates. No Brasil, essa será a regra --a menos que o portal, site, blog etc. se disponha a dar espaço igual a todos. Uma anomalia.
Mercadante depois disse que tinha entendido que havia um acordo para que, com a definição de internet livre no artigo 57-D, ficaria “prejudicada” a equiparação da web ao rádio e à TV para debates. Azeredo desdenhou. Deu de ombros. E nada.
Fica a lição. Em votações importantes no Congresso não se pode entender nada. É preciso fazer acordos muito claros."

Resumindo, a censura permanece.

Senador, como "Vossa Eçelência" foi tão facilmente enganado? E digo "enganado" apenas para ser simpático, porque não há desculpas para a aprovação deste projeto nefasto e ridículo. Para os Senadores e políticos em geral, doações anônimas, que não deixam rastros, corrupção ativa e legalizada, para os ciberativistas e usuários de internet no geral, a censura, a proibição.

Os tempos negros da ditadura, pelo visto, não chegaram ao fim, o Senado encarna o que há de pior, perpetua a censura.

Mas admito, depositamos muita fé em um político e nos esquecemos que, por definição, político não é de confiança. Também erramos. Imagina então quando depositamos alguma confiança em um político que já tinha tão descaradamente mudado de opinião em troca de deus sabe o que.

Obrigado senador, não nos esqueceremos de sua ajuda nas próximas eleições.

E isto sim é em caráter irrevogável.


Um pouco sobre Mangás e Animes

Claymore 1

Acompanhei alguns animes já de muito tempo e é interessante. Geralmente gosto de animes menos conhecidos. Não falei quando comecei a comprar os mangás Nana e Hellsing, que por aqui vão na décima edição. Nana é uma história ótima sobre dramas, romance e música. Recomendo tanto o anime como o mangá. Já quanto a Hellsing, sinceramente não sei. Continuo comprando mais pra ter a história completa. Os personagens são interessantes, mas o traço é um tanto estranho e, principalmente, o roteiro é torto! Tem momentos em que fica a clara impressão de que o roteirista não faz a menor idéia do que está fazendo. Tudo vira uma bagunça e sinceramente ainda não descobri o que justifica sua fama...

Recentemente (ao menos aqui no interior de Alagoas) chegou às bancas a primeira edição de Claymore, que considero um dos melhores animes que já vi (junto de Nana, Black Cat, Elfen Lied e alguns outros). Claymores são mulheres que têm seu corpo modificado, combinados com sangue e sei lá o que mais de yumas (um tipo de demônio). Elas são a força da humanidade para o combate justamente dos yumas. Fica a dica pra quem quiser acompanhar uma boa história em quadrinhos orientais.


Sobre Perdão

Lendo um texto antigo do Oswaldo Montenegro sobre perdão, terminei me lembrando das conclusões a que eu mesmo havia chegado sobre o tema, há um bom tempo.

Tenho a impressão de que o perdão fácil é egoísta. É mais fácil você viver a vida perdoando, poor incrível que pareça. É preciso talvez um pouco de coragem pra isso, já que a sociedade pode cismar que você é idiota, mas é mais fácil, você tem menos coisas com o que se preocupar, fica mais leve. Mas o perdão pronto não é a melhor coisa a ser feita.

Como você cria uma criança com "perdão pronto" pra cada traquinagem? Sem nem um segundo de bronca, sem nada. Ela quebra o celular da visita, diz "desculpe" e você responde "tudo bem". Isso não funciona! Porque o perdão sem arrependimento é uma das piores coisas que tem, você está convidando a pessoa a errar mais uma vez.

Penso que é importantíssimo perdoar e agindo assim, a própria pessoa que deixou de perdoar está se cobrindo de sombras, mas se realmente se importa com quem errou tem que perdoar quando sentir que quem errou se arrependeu, de outro modo vai estar só "tirando o seu da reta".

E mesmo de uma maneira resumida, eu comentei o post lá na época...

-- Cárlisson Galdino


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