Cidade de Cehdiw. Não é uma cidade tão grande assim. Também não é uma vila. A Lua Cheia ilumina aquelas ruas pacatas. Pelas ruas, pessoas sentadas à porta das casas conversam para passar o tempo.
Um forasteiro se aproxima em seu cavalo. O forasteiro é Zand, sob disfarce de Nazavo. Sua montaria, seu fiel Tornado.
Os olhares das pessoas mostram que não é tão comum aparecer alguém de fora, ainda mais pela noite.
“Sete horas de viagem... Sete horas e cá estou em Cehdiw. Em todos esses anos em que fui aventureiro não me lembro de ter passado por aqui. Talvez até tanha passado, mas se passei foi com a cabeça em outro lugar...”
- Boa noite! Nazavo queria saber onde encontrar uma hospedagem.
O velho sentado de chapéu de palha o olha de cima abaixo com olhar grave. Somente após um longo instante é que responde.
- O que você quer aqui?
- Nazavo tem negócios a tratar em Cehdiw.
- E eu com isso?
Para evitar discussões, Zand simplesmente vai embora.
“Idiotice é uma moléstia perigosa.”
Cavalga pelas poucas ruas até encontrar uma praça. Animado com a descoberta, termina encontrando justo ali, conforme imaginou, um bar humilde.
São exatamente duas mesas, com quatro cadeiras cada, e um balcão estreito, com dois bancos. Um velho deitado sobre uma das mesas perto de uma garrafa de pinga representa toda a clientela do momento. Do outro lado do balcão, uma mulher um tanto gorda de uns cinquenta anos, com avental, limpa qualquer coisa próximo ao balcão pelo lado de lá.
- Boa noite. Nazavo gostaria de um drink.
Ela olha da mesma forma que o velho na rua: lentamente o encara.
- O que você quer?
- Nazavo quer beber. Traga uma dose.
Em poucos instantes está ali o copo pequeno com bebida.
- Nazavo quer saber onde consegue um lugar pra passar a noite.
- Tenho um quarto sobrando. Nove pratas.
- Tudo bem, Nazavo fica com esse.
“Que cidade hostil. É comum o povo ter um certo grau de xenofobia, mas assim já é demais!”
- E onde Nazavo pode deixar montaria?
- Fora.
- Mas montaria de...
- Escute aqui. Nada de cavalo por aqui. Ele fica lá fora que é o lugar de bicho. Se estiver achando ruim, vá lá pra praça dormir com ele.
Mesmo contrariando o disfarce, Zand aceita essa norma e simplesmente toma mais um gole. Então resolve ir à rua olhar o movimento.
Nada de anormal para uma cidade parada. No fundo, não é uma cidade tão pequena assim – nada grande, mas não tão pequena -, mas até pelo comportamento da população, é bem como se fosse.
Zand se senta em um daqueles bancos antigos e desgastados.
- Velho Tornado, vou ter que te deixar aqui esta noite. Será que não é perigoso? Mas você é um bravo, já enfrentou dificuldades muito piores que esta e vai superar. Amanhã estará tudo bem pra continuarmos a busca.
Zand desperta naquele quarto. Lençóis e travesseiro parecem não ser lavados há um bom tempo. É um péssimo lugar pra dormir e Zand não vê a hora de resolver logo tudo o que houver para ser resolvido e se ver livre dessa cidade hostil.
Sai do banheiro e passa pelo estreito corredor com plantas, o corredor que leva até o bar. Senta-se ao balcão sem arriscar um “bom dia”.
“Por onde começar...”
- Deixaram isso pra você.
Um envelope lacrado. Dentro, um pedaço de papel, anotado: “Procure-me na Spark, 9. Ass.: Rubi.”
õ.o
Tem alguma coisa errada com esse texto, eu diria até duplamente errada.
É que o capítulo ficou
É que o capítulo ficou curtinho e resolvi duplicar o texto pra "render mais". kkkk
Brincadeira, é óbvio que foi erro mesmo. Obrigado pelo aviso.
[]s
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