Jasmim #44 - Miniaturas
Deslizando suavemente no ar, descendo aquela escadaria de pedras, Jasmim avista o que parecem ser duas miniaturas de gente voando. Um viking malfeito e um homem-lagarto ou algo do tipo, este bem esculpido. Sim, são estátuas, não lhe resta dúvida. Mas são estátuas que se movem.
"Então era disso que Klaitu estava falando?!"
Ela acelera em direção aos dois. Gira a morningstar tentando atingir ambos num só golpe.
"Como?"
Eles desviam do ataque e revidam. Um deles Jasmim consegue desviar, mas é atingida pelo réptil. A armadura a protege e então ela se lembra que pensou em abandoná-la em outro momento. "Uma armadura para levitar? Agora eu vôo!"
Jasmim golpeia de baixo para cima visando o homem-lagarto, mas o alvo consegue desviar mais uma vez. Ela aproveita o impulso para girar o corpo, desviando dos golpes dos dois, e apoiar os pés no teto.
Tomando impulso, ela dispara contra o homem-lagarto, girando a morningstar de lado. Um estrondo. A morningstar acerta a parede, tirando-lhe algumas lascas.
- Miserável!
Jasmim desvia dos golpes dos dois e, já cansada do homem-lagarto, decide atacar o viking. A miniatura gira no ar após receber o golpe, batendo de costas na parede.
E lá vem de novo o homem-lagarto, que Jasmim desvia. Um som alto de algo cortando o ar. Foi o golpe de Jasmim, que por mais força que tenha empregado e por mais velocidade que tenha alcançado, mais uma vez não acertou o homem-lagarto.
Jasmim desvia o homem-lagarto e apara o machado da miniatura de viking com a morningstar. Tenta golpeá-lo, mas o viking gira por cima da trajetória da arma de Jasmim.
"Que tá havendo aqui, droga!? Será possível que eu, que enfrentei tanta coisa, não consigo dar conta de dois brinquedinhos?! A maça de guerra teria sido útil aqui..."
Jasmim desvia dos golpes dos dois girando o corpo para baixo. Continua o movimento num ataque com a morningstar vindo de cima e acertando em cheio o viking, que perde dois braços e é jogado contra o chão. Lá mesmo fica.
- Agora somos só nós dois. - Ela encara com olhar furioso a inexpressiva criatura reptiliana.
Com a língua bifurcada à mostra, ela usa uma espada árabe, uma cimitarra. Não tem pés, mas uma calda, como se fosse uma serpente. Seus braços têm um ar rústico mas, como o resto da estátua, são bem acabados. Em seus olhos, na espada e nos ombros aquele brilho provavelmente é de pedras preciosas. Tem provavelmente cerca de um metro se medir da cabeça até a ponta da calda.
Jasmim fica a pensar. Se ele ficasse totalmente imóvel, teria um bom valor no antiquário. Dá até pena ter que destruí-lo.
Ele vem tentando acertar Jasmim com a cimitarra, mas erra. Outro golpe e erra.
"Estou perdendo tempo demais com essa besteira."
Jasmim gira a morningstar com raiva. Diferente das outras vezes, desta acerta em cheio o homem-lagarto, que se parte ao meio. O pedaço de cima ainda acerta a parede com força, fazendo soltar um dos braços antes de finalmente ir ao chão.
Uma sutil expressão de satisfação se forma no rosto de Jasmim. Pensou que a luta fosse demorar ainda mais.
Levitando, ela vai ao final do corredor tão pequeno, que é a continuação da escada. Vira à esquerda, que é o único caminho possível aqui.
- Que merda!
Novas estátuas a esperam. E desta vez não duas, mas umas dez. E já dá pra ver que tem mais homens-lagartos...
A expressão de surpresa se desfaz rapidamente e Jasmim se prepara para enfrentar as miniaturas, que já notaram sua presença.
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