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eneassílabos

A Luta Final

Samurai

Preparado todo o arsenal
A coragem na ponta da espada
E à espera apenas de um sinal
Vê a arena quase que lotada

O inimigo tem força animal
Mas não se desistirá por nada
Se é forte o temeroso rival
Que maior força seja encontrada

Às vezes nenhuma jóia rara
O nosso destino nos separa
E não conta o quanto se garimpa

Mas se luta ainda assim, com raça
Pois a luta não é pela taça
E sim pela consciência limpa

-- Cárlisson Galdino

P.S.: Foto original de bergie.


Soldados Mirins

Ele toma a arma em suas mãos
E quase não pode carregá-la
Mas existe uma chuva de balas
Vai à guerra, é pouca a munição

Dedo no gatilho e o soldado
Vê e teme um futuro medonho
Já não traz consigo nenhum sonho
Esqueceu como era no passado

Quase derrubando a carabina
Mesmo assim, entre minas avança
Entre tiros, o Sol o fascina

E lembra brinquedos, esperanças
Quando a guerra o despede nu'a mina
Mas prossegue com outras crianças

-- Cárlisson Galdino 


Dia de Sol e Chuva

Estrelas brilham enquanto os ventos
Erguem as secas folhas, que giram
Nuvens brancas lá do céu transpiram
Água ao chão em pingos barulhentos

No escuro espaço, um astro sedento
Rajadas de luz na Terra atira
Se ouve apenas um canto de lira
Das gotas que vêm do firmamento

À orquestra se alia um trovão
Brilhando co'a luz vinda do espaço
Fazendo uma tão bela canção

Brilhos dourados vêm ao verde aço
E cada gota que chega ao chão
Traz da estrela um pequeno pedaço

-- Cárlisson Galdino


A Última Águia

Lá se foi mais uma águia ao chão
Foi trazendo uma recordação
É a última águia a ser vista
Talvez já nenhuma outra exista

E a tristeza recai sobre a terra
Vem marcando o final de uma guerra
Vem trazendo dor e solidão
E lembrando o último falcão

E no fim da guerra a última morte
Toma o povo, dessa vez mais forte
Pois quebraram agora uma promessa

Sem ação, o povo, qual criança
É tomado por uma lembrança
Não há outra chance depois dessa

-- Cárlisson Galdino


Remorso (1.1)

Do infinito, onde quer que se esteja
É possível ver um pobre homem
É possível ver o que deseja
Bem como as dores que o consomem

À floresta segue co'a sacola
Deprimido por dias seguidos
Vai de encontro àquilo que o assola
Seus temores nos atos seguidos

Tantas noites perdido o sono
Sentimento que sempre as infesta
E o aterra com um uivo afono

Ir co'as asas é tudo o que resta
Não podendo devolver ao dono
Angustiado, recorre à floresta

-- Cárlisson Galdino


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