piloto
Heróis Nerds
Este é o piloto de uma história de heróis nerds ainda sem nome. Comentem! O que acham? Continuo? Que nome uso? Com vocês, a história!
Cidade de Stringtown. Mais uma grande cidade no moderno mundo globalizado. No interior do Brasil, estado da Bahia. Lá se encontra um pólo industrial voltado à tecnologia e, neste pólo, a Sysatom Technology.
Mais uma empresa de tecnologia, especializada na fabricação de microchips. Não fosse seu projeto ationvir, uma forma de vida que convive com circuitos e é capaz de prevenir defeitos. Infelizmente, o projeto não progrediu. Apesar de relativo sucesso na ação e interação com os circuitos da Sysatom, a ationvir não conseguia se reproduzir em ambiente algum. Até agora...
Valdid: Então, véi? Alguma novidade no ationvir?
Arsen: Mais tarde farei um novo teste. Estou projetando uma inversão na cadeia genética, acrescentando alguns genes novos. Esse lance de induzir mutações e esperar que uma funcione realmente não está surtindo efeito.
Louise: kkkkkkkkk. Eu disse! Eu falei! Isso parece uma versão “bozosort” aplicada à genética!
Arsen: Cala a boca, fía! Mulher não entende de tecnologia não.
Louise: Ah, vai se foder!
Arsen: Chegou o casalzinho!
Darrell: Oliver quer falar com você, Arsen. O projeto está demorando muito pra sair do canto.
Pandora: Ó, mas vai dar tudo certo...
Arsen: É, para o nosso bem, sinceramente espero que sim.
O dia passa rápido com tanto trabalho pela frente. E como nos outros dias, a jornada chega ao fim.
Valdid: E aí, cara... Conseguiu compilar?
Arsen: Manipulação genética não é programação...
Valdid: Sim, pra mim é a mesma coisa.
Arsen: Tá, desisto. A adição do novo gene não foi tão simples quanto pensei. Só terminei agora. Os testes só vai dar pra fazer amanhã.
Pandora: Ah, então amanhã a gente vê o resultado, né? Eu e Darrell tamos saindo pra balada. Qrem vem com a gente?
Louise: Opa! Tou dentro! Vão pra onde?
Darrell: Vai ter Pastor João.
Valdid: Ah, vão se lascar vocês! Pregação?
Darrell: É só uma banda que faz cover do Raul, ué!
Valdid: Piorou! Preferia a pregação.
Oliver: Arsen, como vai a pesquisa?
Arsen: E aí, chefe, está indo... Falta só colocar em prática. Amanhã cedinho a gente...
Oliver: Hoje. Quanto tempo leva isso?
Arsen: Não leva menos que meia hora.
Oliver: Tudo bem, vamos ver se dá certo. Conta uma hora extra e manda ver aí.
Arsen: Tudo bem... Então vamos. Louise? Vamos lá?
Pandora: Vamos esperar a Louise então, não é, bem?
Darrell: Por mim tudo bem.
Valdid: Então vou ficar por aqui também! Tou curioso com esse troço aí.
Oliver: Então aproveitem. Este acontecimento pode nos colocar no topo do mundo! Que comece o show!
Manhã em Stringtown. Sede da Sysatom Technology. “Ruínas da sede” seria a expressão mais apropriada...
anônimo-com-voz-bestial: Alguém vivo?
Um grande bloco de concreto rola e de baixo surge um monstro peludo com cabeça de touro.
anônimo-com-voz-bestial: Que porra é essa?! O que aconteceu comigo!?
anônima-com-voz-distorcida: Ai, meu Senhor do Bonfim! O que aconteceu aqui!? Tá tudo destruído!? Benzinho?
Uma mulher em cima de destroços do outro lado olha o estrago provocado pelo acidente.
anônimo-com-voz-bestial2: O que aconteceu aqui?
anônimo-com-voz-metálica: Parece que a experiência não saiu exatamente como eu esperava.
anônimo-com-voz-bestial2: O que aconteceu conosco! Não era pra esse vírus afetar pessoas. Ationvir maldito! O que fez com a gente!?
anônimo-com-voz-metálica: Acalme-se, Arsen. O que você conseguiu é algo sem precedentes.
Arsen: Chefe?
Oliver: Sim, sou eu. E digo que esse feito realmente vai mudar a história da Sysatom Technology.
Arsen: O que houve? Ganhamos super-poderes ou algo assim?
Oliver: Diria que no mínimo algo assim.
São duas criaturas enormes que conversam. Cada um com três metro de altura. Um ser formado por pedras e um homem de metal.
Arsen: E o que vai ser agora?
Oliver: Agora o mundo é nosso!
anônimo-com-voz-bestial: Ô que papo de nazista é esse agora?
Oliver: Deixe-me ver... Valdid?
Valdid: Acertou. Que história é essa de “o mundo é nosso”?
Oliver: Não há alternativa. Queríamos dominação mundial do mercado com tecnologia. Agora temos ferramentas, digamos, mais eficazes para conseguir isso.
Valdid: Sei não, véi, isso parece errado.
Oliver: Vamos debater sobre o tema.
Uma mão segura o braço da mulher de voz distorcida, que observava espantada a cena. Logo eles estão na Praça Pimentel. O Sol ilumina as árvores e, no centro, diante do busto do antigo médico, um casal se encontra. Darrell Dylan e Pandora Vardamir. É fácil identificar, apesar de haver algo neles de diferente.
Pandora-com-voz-metálica: Você ouviu aquilo, bem?
Darrell: Claro que ouvi. Por isso te trouxe pra cá. Oliver enlouqueceu.
Pandora: Como assim? E acha normal ver um sujeito de ferro e um pedregulho conversando? E a minha voz? Eu gosto da minha voz de sempre, por que ela ficou assim? Estou ficando louca...
Darrell: É uma possibilidade.
Pandora: Grande namorado você é. Nem pra me consolar nesse momento difícil...
Darrell: Valdid, Oliver, Arsen... Você viu a Louuise?
Pandora: Que cara de pau? E ainda me pergunta por outra mulher!?
Darrell: Ô Pandora, o momento não é pra drama... É sério, não a vi por lá.
Pandora: E eu com isso? Devia ser um daqueles postes ou uma poça de lama. Dá pra me ouvir agora?
Darrell: Fala.
Pandora: Ah, sei mais não o que ia dizer, ó! Que é que vou dizer pra mainha...
Mas o que eles não sabem é que Oliver reuniu todo o grupo, ou melhor, os outros funcionários da empresa. E como Darrell conseguiu levar Pandora até a praça sem serem vistos? Calma, tudo a seu tempo... Na sede, Oliver e companhia discutem os últimos acontecimentos.
Valdid: Ei, soube que o Google vai lançar um Sistema Operacional ano que vem?
Arsen: E o Kiko?
Oliver: Arsen, me diga o que aconteceu conosco exatamente.
Arsen: Sei lá, o ationvir deve ter dado um revestrés e infectou a gente.
Oliver: Mas o vírus existia em pouca quantidade. E o maior problema é que não se reproduzia. Significa que resolvemos o problema?
Arsen: Ainda é muito cedo para dizer. Mas era pra ele afetar apenas circuitos. Não tem o menor sentido o ationvir afetar a gente. Menos ainda a gente ficar desse jeito.
Valdid: Bem-vindo ao meu mundo. Quando eu digo que os bugs que aparecem nos meus programas às vezes não têm o menor sentido ninguém acredita...
Oliver: Quietos os dois. Então temos que começar testando. Valdid, sequestre alguém para cá. Temos que estudar se o ationvir vai continuar o contágio e as formas de contágio. Já pensou? Um mundo onde todos têm superpoderes... Ia ser um tanto problemático.
Valdid: Com certeza! Vou lá buscar alguém.
Mulher-com-voz-fraca-estranha: O que pretende fazer se nós formos os únicos?
Ela parece feita de gelatina, sentada numa mesa quebrada.
Oliver: Simples, Louise. Esconderemos o processo que nos transformou e traçaremos uma estratégia para dominar o mundo.
Louise: E o que se ganha com isso?
Oliver: Dinheiro! Poder! Respeito! Reconhecimento!
Louise: Mas se nós formos seres únicos já teremos isso naturalmente, não?
Oliver: Ah, não atrapalhe minha argumentação sobre dominação mundial! Algo que tanta gente já desejou tem que ter sua utilidade! Temos outra coisa mais importante com que nos preocupar. Questão de marketing: precisamos de nomes legais. Alguém aqui lê quadrinhos?
Valdid: Vou me chamar Minotaur!
Oliver: O que está fazendo aqui! Mandei sequestrar alguém!
Valdid: Tá, chefe, esquenta não que tou indo agora! Pô, posso nem participar da parte mais divertida da discussão?
Oliver: Vai logo, chifrudo!
Valdid: Ei, piada com isso é golpe baixo!
Arsen: Acho que Montanha está bem para mim.
Oliver: É, parece legal. Eu serei o Homem de Ferro
Arsen: Hmmm... Chefe? Já existe esse...
Oliver: Já? Que pena... Bom, então... Já sei! O W! No mundo Web, o W será minha letra símbolo! Eu serei Tungstênio, o elemento químico representado pela letra W!
Arsen: Chefe... Genial! Me emocionei agora.
Oliver: Falta você, Louise.
Louise: Preciso mesmo de um nome?
Oliver: Claro!
Arsen: Podia ser “mulher fluída”! Kkkkkk
Louise: Sem graça!
Oliver: E então?
Louise: Hmmm... Seamonkey.
Arsen: Que é isso?
Louise: É um bicho do mar daqueles que parecem de água. Como uma água viva ou medusa.
Arsen: E por que não medusa?
Louise: Medusa é muito balofa...
Oliver: Tá, tá... Se prefere ser uma macaca do mar, Seamonkey então. Agora alguém viu Darrell e Pandora? Onde aqueles dois se meteram?
Continua...?
-- Cárlisson Galdino